O Nepal encerrou as buscas por três alpinistas desaparecidos, sendo dois italianos, durante uma avalanche há uma semana.
A exaustão da equipe de resgate e o risco de novos deslizamentos de neve definiram o fim da expedição no Himalaia.
O anúncio foi feito pelo montanhista Davide Peluzzi, natural do Abruzzo, que nos últimos dias intermediou as informações passadas pelo líder da equipe de resgate, Tenjing Phurba, à família de Marco Di Marcello, da mesma região da Itália que ele.
Infelizmente as várias tentativas feitas pela população local foram frustradas pelo risco contínuo e muito alto de novas avalanches, devido à neve cada vez mais compacta e intransponível, mas também pelo cansaço das equipes, que vinham trabalhando incansavelmente há uma semana em uma tentativa desesperada de salvar seus companheiros de expedição”, declarou Peluzzi.
Ainda segundo ele, “a própria dinâmica do acidente e a enorme avalanche que surpreendeu os alpinistas e amigos enquanto estavam na encosta, quase no cume, arrastando-os mais de 300 metros abaixo, já haviam despertado temores por suas vidas”.
Além de Di Marcello, estão desaparecidos o também italiano Markus Kirchler, natural do Trentino-Alto Ádige, e o sherpa nepalês Padam Tamang.
Todos integravam o grupo Dolma Khang, quando uma avalanche os surpreendeu no vale da Rolwaling, a mais de 5,6 mil metros de altitude em 3 de novembro. Até o momento, estão confirmadas as mortes de sete alpinistas de nacionalidades diversas no acidente, incluindo o italiano Paolo Cocco.
Entre 31 de outubro e 3 de novembro, duas nevascas e um deslizamento de neve mataram ao menos cinco montanhistas da Itália.
