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Nova loja da rede de fast-food McDonald’s no Vaticano irrita cardeais

Um grupo de cardeais que vive próximo à Praça São Pedro, no Vaticano, está descontente com a abertura de uma nova loja da rede de fast-food McDonald's.   

O restaurante, que ainda está em reforma, ficará a poucos metros da Praça São Pedro, onde o papa Francisco celebra missas e audiências, e ocupará um prédio vago de um palácio cuja propriedade pertence à Santa Sé. O imóvel fica entre as ruas Borgo Pio e Mascherino.   

A reclamação dos cardeais partiu de uma carta enviada pela Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (Apsa), que gerencia os bens e imóveis do Vaticano. O organismo enviou um comunicado aos cardeais que vivem no mesmo prédio onde a loja do McDonald's abrirá para pedir contribuições para as obras e "trabalhos em curso" no imóvel.   

O espaço alugado pelo McDonald's tem 538 metros quadrados e era usado anteriormente por um banco. O McDonald's Development Italy pagará três vezes mais do que o antigo inquilino costumava pagar.   

Mas, para começar a operar no imóvel, foi preciso fazer ajustes, como construir uma saída de ar para os fornos (será utilizada a de um elevador desativado), e as obras foram bancadas pela Apsa, que pediu uma contribuição financeira extra aos inquilinos. No grupo dos cardeais descontentes com a medida, estão Gianfranco Ravasi, Giuseppe Versaldi, Gilberto Agustoni, Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, Dario Castrillon Hoyos e Manuel Monteiro de Castro. Em um imóvel adjacente, moram Gerhard Ludwig Muller, em um apartamento que já foi habitado por Bento XVI, Lorenzo Baldisseri, Angelo Amato, Walter Kasper, Mauro Piacenza.

O empreendimento também tem sido criticado pelos moradores civis da região e pelos comerciantes. Além dos custos adicionais da obra no imóvel, a legislação italiana não permite alterações na estrutura do prédio, nem que negócios do tipo atuem na região de Borgo Pio. O McDonald's também tem causado polêmica em Florença, onde um novo restaurante da marca está prestes a inaugurar próximo à catedral. A rede chegou a pedir à Justiça para anular um regulamento da Unesco de 18 de janeiro que impede um ponto de venda na região.   

Caso não haja solução para o problema, o McDonald's pedirá um ressarcimento de 18 milhões de euros mais um pagamento por danos à sua imagem.

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