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O duro ajuste que o Banco Central Europeu solicitou a Roma

Liberalizações, privatizações e flexibilidade laboral: estes são os principais pontos da carta enviada ao governo italiano pelo Banco Central Europeu (BCE) em agosto passado, pouco antes da aprovação do drástico plano de ajuste do governo de Silvio Berlusconi. 

A carta – publicada pelo Corriere della Sera e classificada como "estritamente confidencial", foi enviada a Roma em 5 de agosto passado e está assinada pelo presidente do BCE, o francês Jean Claude Trichet, e seu sucessor designado e atual presidente do Banco Central Italiano,Mario Draghi.

Ao apresentar o texto, o Corriere destacou que os seus conteúdos são "precisos e pontuais", enquanto sua linguagem é "explícita, certamente alheia ao esquema tradicional da liturgia dos bancos centrais", porque "a situação dramática dos mercados, nesses primeiros dias de agosto (…) impunha ir direto ao ponto". E não se pode negar que a carta do BCE vai direto ao ponto desde o começo com as sugestões políticas que Frankfurt enviou para Roma, onde se admite – em referência ao primeiro plano de ajuste de Berlusconi – que "o governo italiano decidiu atingir o equilíbrio orçamentário até 2014", acrescentando que "se trata de passos importantes, porém insuficientes".

"Percebemos a necessidade de medidas significativas para melhorar o potencial de crescimento", disse o banco europeu, segundo o qual "apesar de algumas decisões recentes tomadas pelo governo sigam nesta direção" é preciso "fazer mais, e resulta crucial mover-se com firmeza nessa direção".

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