Uma nova interpretação do Evangelho por um padre italiano pode revelar um lado pouco conhecido de Jesus. Uma tese intrigante esquenta a opinião dos bons gourmets: Jesus teria sido um bom cozinheiro.
No livro "A Cozinha do Ressuscitado", o professor de teologia Dom Giovanni Cesare Pagazzi declara que nos relatos do Evangelho segundo Mateus, Jesus aparece muitas vezes ao redor de uma mesa.
"Ele sempre aceitava a hospitalidade da mesa dos bons e dos maus, como a dos fariseus," diz ele.
O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes seria outro exemplo. Porque depois Jesus teria se empenhado a cozinhar, um gesto muito importante, observa o religioso.
O Jesus cozinheiro, segundo o autor, aparece em alguns textos do Evangelho. Em Mateus, capitulo treze, ele compara o reino de Deus ao fermento, explicando as misturas. Um pouco de fermento com três porções de farinha.
“É notável como Jesus sabia fazer o pão, conhecia a receita”, destaca o padre.
O padre acredita que se fizermos essa pergunta na Itália ou no Brasil, poucos saberiam dizer assim.
E na Última Ceia, Jesus afirmou para sempre o pão e o vinho como símbolos da Comunhão com Deus.
Apesar das referências a longos períodos de jejum, o livro parece sugerir que Jesus, além de bom cozinheiro, fosse também atento aos prazeres da mesa e era considerado como um bom garfo pelos apóstolos.