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Pagamentos digitais se aproximam de dinheiro vivo na Itália

Por Andrea D’Ortenzio – A corrida iniciada durante a pandemia já desacelerou um pouco, mas o uso de pagamentos digitais pelos italianos já é imparável, impulsionado por transações via smartphone, pulseiras e relógios.

Assim, a paixão pelo dinheiro em espécie, característica da Itália (e da Alemanha), parece ter sido arquivada ao ler os dados semestrais do Observatório de Pagamentos Inovadores do Politécnico de Milão, onde se prevê que, até o final do ano, as transações digitais quase alcancem aquelas em papel-moeda.

No primeiro semestre de 2023, o total de pagamentos digitais na Itália atingiu 206 bilhões euros (R$ 1,1 tri), um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2022.

“Apesar do impulso forte decorrente da pandemia estar diminuindo lentamente, os pagamentos digitais podem atingir um valor entre 425 e 440 bilhões (R$ 2,3 e R$ 2,4 tri) até o final do ano, um pouco abaixo do total de transações em dinheiro”, aponta o Observatório, que porém destaca a necessidade, para o futuro, de medidas direcionadas à adoção de instrumentos de pagamento digitais, também enfatizando os benefícios na luta contra a evasão fiscal a partir da difusão do digital.

O relatório lembra que mais de um terço das transações em dinheiro não é declarado ao fisco e, em 2019, a receita tributária perdida relacionada a pagamentos em dinheiro foi de 31,6 bilhões de euros (R$ 172,6 bi) em 36,9 bilhões de transações não declaradas.

O tema tem sido frequentemente objeto de controvérsia política na Itália, onde o limite para o uso de dinheiro em espécie foi modificado várias vezes, assim como as medidas para incentivar ou obrigar o uso de pagamentos eletrônicos em diferentes categorias comerciais e profissionais. (Ansa)

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