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Países do leste tentam vetar chanceler italiana na União Europeia

Candidata a assumir a diplomacia da União Europeia, a ministra das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini, está enfrentando a resistência de uma dezena de países-membro do bloco econômico por, supostamente, ser muito "pró-Moscou". A informação foi confirmada por pessoas ligadas ao novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Esse levante contra a possível nomeação da chanceler italiana é liderado por nações próximas geograficamente a Moscou, como as bálticas e a Polônia. O premier da Lituânia, Algirdas Butkevicius, formalizou sua oposição à candidatura de Mogherini. Alguns países do leste criticam a recente visita da ministra à Rússia para encontrar o presidente Vladimir Putin e o seu apoio à construção do gasoduto South Stream, que ligará o Mar Negro com Itália e Áustria.

O grupo defende a nomeação da búlgara Kristalina Georgieva, atual comissária europeia para a Cooperação Internacional e Ajuda Humanitária, para chefiar a diplomacia do bloco. No entanto, essa oposição parece não incomodar o governo italiano, que garantiu que vai manter seu apoio a Mogherini. "A eleição de Jean-Claude Juncker faz parte de um acordo por meio do qual a diplomacia irá para os socialistas. E ela tem o apoio unânime de todos os líderes socialistas", declarou o subsecretário para Assuntos Europeus da Itália, Sandro Gozi.

O assunto deverá ser discutido nesta quarta-feira (16) em uma reunião extraordinária do Conselho Europeu em Bruxelas. A questão também foi tema de um encontro nesta terça entre o presidente italiano, Giorgio Napolitano, e o premier Matteo Renzi.

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