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Parlamento Europeu rejeita resoluções sobre liberdade de imprensa na Itália

O Parlamento Europeu rejeitou duas resoluções sobre a liberdade de imprensa na Itália, apresentadas por grupos de centro-direita e centro-esquerda. A decisão do órgão legislativo da União Europeia (UE) sai um dia após a publicação da lista divulgada pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), na qual esse país perdeu cinco posições em relação ao último ano.

 

De acordo com novo ranking, a Itália ocupa o 49º lugar. Segundo o RSF, a queda na classificação se deve ao fato de a liberdade de imprensa estar sendo ameaçada pela máfia e por processos do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, contra organizações de notícias.

Hoje, os parlamentares da UE descartaram as resoluções apresentadas pelos liberais-democratas e pelos socialistas e democratas. A primeira resolução sustentava que no país não existe nenhuma ameaça contra a liberdade de imprensa, enquanto na segunda falava-se das pressões governamentais italianas contra as mídias estrangeira e italiana.

Segundo explicou o chefe da delegação do opositor Partido Democrata italiano no Parlamento Europeu, David Sassoli, a resolução apresentada por seu grupo pedia "uma diretiva europeia sobre pluralismo da mídia e normas para o serviço público de televisão, que tivesse validade em todos os países-membros".

Para ele, os parlamentares "consideraram esta resolução instrumentalmente sobre a liberdade de imprensa, como uma afronta ao poder de Silvio Berlusconi, e consequentemente não foi possível um trabalho sobre a mídia, com amplitude".

Por sua vez, o líder do partido Povo da Liberdade (PDL, no governo) no Senado, Mauricio Gasparri, celebrou a decisão. "A iniciativa sobre a suposta falta de liberdade de imprensa na Itália, levada ao Parlamento Europeu, terminou com uma grande rejeição".

Em um comunicado, o líder dos deputados do PDL no Parlamento Europeu, Mario Mauro, disse que a delegação de seu partido "foi capaz de explicar que não havia nenhum argumento real por trás da resolução" apresentada pela esquerda europeia, "que seguindo cegamente as propostas da esquerda italiana estava se direcionando ao seu próprio suicídio político".

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