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Polêmica: Pai de italiana morta por eutanásia vira cidadão honorário de Firenze, em meio a protestos

O pai de Eluana Englaro, a italiana que passou 17 de seus 38 anos em estado vegetativo e que morreu por eutanásia após autorização da Corte Suprema da Itália, recebeu a cidadania honorária da cidade de Firenze em meio a diversos protestos, entre eles, de vereadores da cidade.

 

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, recebeu a distinção da cidade italiana à revelia dos vereadores do governante partido Povo da Liberdade (PDL), que abandonaram a Câmara local pouco antes do início da cerimônia para protestar na rua.

 

Segundo a imprensa local, além destes políticos, outras pessoas também manifestaram sua insatisfação com a concessão da distinção ao pai de Eluana, cujo caso ainda gera polêmica na Itália mesmo após sua morte em fevereiro deste ano, quando seu suprimento de alimentos e água foi cortado.

 

Em carta dirigida a Giuseppe Englaro, os vereadores do PDL dizem ter "respeito pelo drama pessoal" vivido pelo pai de Eluana, mas afirmam não acreditar "que isso possa constituir motivos para obter uma cidadania honorária".

O pai de Eluana disse respeitar a postura dos vereadores do PDL, partido que usou inclusive de seu principal representante, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para expressar sua oposição à eutanásia.

"Não me assombro, o assunto do final da vida toma a consciência de assalto. Haverá tempo para esclarecê-lo", disse Giuseppe Englaro.

O caso de Eluana continua em pauta na Itália depois de o Senado do país ter aprovado na semana passada uma lei que proíbe a suspensão da alimentação e da hidratação a qualquer pessoa.

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