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Polícia italiana prende 58 pessoas ligadas à máfia calabresa, entre elas a “madrinha” da ‘Ndrangheta

A polícia italiana anunciou a prisão de 58 pessoas em toda a Itália na operação "Teia de aranha", entre elas a "madrinha" de um poderoso clã da máfia calabresa 'Ndrangheta, suspeita do assassinato de um mafioso encontrado esquartejado.

A chefona Nella Serpa, de 56 anos conhecida como "A loira", era "a verdadeira chefe de seu clã, tomava inclusive a decisão sobre as execuções", informou Mario Parente, vice-comandante do ROS, unidade de elite da polícia italiana.

No total, 58 pessoas foram presas durante esta investigação que permitiu desmantelar uma rede de 250 membros distribuídos em sete clãs mafiosos especializados em extorsão e na exploração de máquinas caça-níqueis, ilegais na região de Cosenza e arredores.

A "madrinha" Nella Serpa assumiu a direção do clã familiar dos Serpas em 2003 após a morte de seu irmão Piero, em um ajuste de contas entre mafiosos.

Segundo a polícia, a mulher, que tinha "poderes de decisão muito extensos", é suspeita de ao menos três assassinatos. Um deles foi o do mafioso Luciano Martello em 2003. Membros arrependidos da máfia afirmaram que fizeram parte do grupo que o matou.

Nella Serpa também é suspeita do assassinato de outro mafioso em 2004, encontrado esquartejado por uma motosserra.

De acordo com a investigação, a chefona tentou estabelecer laços com outros clãs da 'Ndrangheta calabresa e com a Camorra, a máfia de Nápoles.

Como prova de sua importância para os investigadores está a informação de que um clã rival chegou a ordenar o seu assassinato.

A 'Ndrangheta é um dos grupos mafiosos mais poderosos e secretos do mundo, graças a uma estrutura baseada em clãs familiares difíceis de infiltrar.

Especializada no tráfico de drogas, principalmente de cocaína, a organização tem ramificações no mundo inteiro, principalmente na Alemanha, no Canadá, na Suíça e na Austrália.

Segundo o instituto italiano especializado Eurispes, o volume dos negócios da 'Ndrangheta atinge 44 bilhões de euros, graças ao tráfico de drogas e armas.

Cerca de cem pedidos já foram recebidos por essas equipes, disse Walburg de Jong.

"Mas, para algumas pessoas que expressam o desejo de morrer, a morte nem sempre é a melhor solução", afirmou Van Wijlick.

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