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POLÍTICA ITALIANA: Esquerda e M5S mostram união para disputa da Presidência da República

Após uma reunião, os líderes do Partido Democrático (PD, centro-esquerda), do Movimento 5 Estrelas (M5S, populista) e da coalizão Livres e Iguais (LeU, esquerda) mostrou unidade do bloco para a indicação de nomes para a disputa da Presidência da República.

“Servem candidatos de alto perfil, amplamente apoiados e que estejam aptos a representar todos os italianos. Iremos promover discussões necessárias para chegar a uma mesa com todos os grupos parlamentares para indicar um nome conjunto”, diz a nota oficial assinada por Enrico Letta, Giuseppe Conte e Roberto Speranza.

Fontes ouvidas pela Agência Ansa e que acompanharam o encontro afirmaram que o bloco deve votar em branco no primeiro escrutínio.

A decisão foi tomada um dia depois da desistência de Silvio Berlusconi de tentar ser presidente do país. O ex premiê tinha sido apresentado como candidato pelo bloco de direita, que reúne o Força Itália (FI, centro-direita), Liga (extrema-direita) e Irmãos da Itália (FdI, extrema-direita), e que segundo as pesquisas de opinião tem cerca de 50% dos votos dos cidadãos.

“Eu estou satisfeito, foi tudo muito bem. Estou otimista e estou ainda mais quando trabalho pelo interesse do país”, disse o ex-premiê Conte aos jornalistas após o fim da reunião.

Questionado se houve um acordo sobre um nome para o cargo, o líder do M5S disse que não houve debate sobre isso.

A senadora Loredana De Petris, liderança do LeU no Senado, seguiu na mesma linha e disse que essa foi uma reunião “muito positiva” e que o trabalho “está em andamento”.

Apesar da negativa de Conte sobre a falta de debates sobre nomes, uma indicação que ganhou força neste fim de semana foi de alguém que não estava entre os mais cotados: trata-se do historiador e professor universitário Andrea Riccardi, 72 anos.

O estudioso já foi ministro para a Cooperação Internacional e Integração durante o governo de Mario Monti (2011-12) e é um dos fundadores da organização católica dedicada à caridade, à promoção da paz e à evangelização Comunidade Santo Egídio.

A possível escolha de Riccardi atenderia a maior exigência do PD e do M5S: que o indicado à Presidência tenha um perfil institucional e não tenha ligações político-partidárias muito fortes – um dos principais problemas, por exemplo, na indicação de Berlusconi.

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