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Nápoles candidata culto a San Gennaro a patrimônio da Unesco

O culto dos napolitanos a San Gennaro – ou, em português, São Januário – se tornou candidato a patrimônio imaterial da Unesco.

A campanha foi lançada em um evento e conta com o apoio do governo da Itália, país líder em número de locais tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

“San Gennaro é um símbolo da tradição napolitana, uma entidade que é ouvida em todo o mundo, por isso dedicamos máxima atenção a essa candidatura”, disse o ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano – seu nome é uma homenagem ao santo.

A iniciativa é promovida pela Arquidiocese de Nápoles e por diversas associações e comitês que cultivam a memória de San Gennaro, que é padroeiro da cidade e cultuado em países como Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido.

“San Gennaro representa a ressonância cultural e popular em Nápoles e no mundo, que flui através de seu sangue”, disse o arcebispo napolitano, Domenico Battaglia.

Ele faz referência ao “milagre” de San Gennaro, tradição repetida anualmente em 19 de setembro, 16 de dezembro e no sábado que antecede o primeiro domingo de maio. Nessas ocasiões, fiéis se reúnem ansiosamente para ver a liquefação do suposto sangue de San Gennaro – quando isso não acontece, os seguidores do santo interpretam como um mau presságio.

“No símbolo de seu sangue, os napolitanos reconheceram ao longo dos anos seu próprio sangue derramado em uma luta por uma sociedade mais justa e igualitária, um derramamento de sangue contra a barbárie e o crime organizado”, ressaltou Battaglia.

San Gennaro nasceu em Benevento, cidade situada a cerca de 100 quilômetros de Nápoles, em 21 de abril de 272, e morreu como mártir em Pozzuoli, também nos arredores da capital da Campânia, em 19 de setembro de 305.

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