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Novas restrições dificultam vida de não vacinados na Itália

Com recordes consecutivos de novos casos de Covid-19, a Itália vai tornar mais difícil a vida da parcela minoritária da população que ainda se nega a tomar vacinas contra o coronavírus.

Atualmente, quase 78% dos habitantes do país já concluíram o primeiro ciclo de vacinação, porém cerca de 6 milhões de pessoas com 12 anos ou mais sequer tomaram a primeira dose.

Enquanto isso, a Itália registrou um recorde de novos casos.Em meio a esse cenário, o governo do premiê Mario Draghi aprovou a extensão do chamado “passe verde reforçado”, certificado sanitário concedido apenas a vacinados ou recém-curados da Covid-19.

Esse documento já era exigido em eventos esportivos, shows, casas noturnas e áreas cobertas de bares e restaurantes, mas, a partir de 10 de janeiro, também será cobrado em hotéis e estruturas receptivas, mesas de restaurantes ao ar livre, congressos, feiras, teleféricos, piscinas museus e até transportes públicos.

Na prática, quem não tiver se vacinado contra a Covid ou não tiver se curado da doença há menos de seis meses ficará excluído da maior parte da vida social no país. E já há quem peça medidas ainda mais duras.

“Chegou a hora de introduzir o passe verde reforçado em todos os locais de trabalho porque essa é a única forma de proteger os hospitais, as aulas presenciais, as atividades econômicas e a cultura”, disse o governador da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, de centro-esquerda.

Atualmente, trabalhadores dos setores público e privado podem acessar seu local de trabalho sem estar vacinados ou recém-curados, desde que apresentem exame PCR ou de antígeno com resultado negativo.

Já o governador do Vêneto, Luca Zaia, de extrema direita, afirmou que as novas regras vão no caminho de um “lockdown para não vacinados”. “Ontem me perguntavam do lockdown dos não vacinados, e, de fato, são medidas que seguem nessa direção. Não acredito ser possível impedir um grupo de pessoas de sair de casa, mas essas normas restringem o perímetro”, disse.

Por sua vez, a deputada de extrema direita Giorgia Meloni, hoje a principal figura de oposição na Itália, afirmou que o passe verde reforçado é um ataque à liberdade e “alimenta um clima de terror”.

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