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Políticos Italianos comentam nova encíclica do Papa Bento XVI

O ministro Trabalho, Saúde e das Políticas Sociais da Itália, Maurizio Sacconi, elogiou a nova encíclica do papa Bento XVI afirmando que o documento condiz com o Livro Branco do governo italiano sobre o modelo social. 

 

A encíclica, intitulada "Caritas in Veritate" e publicada oficialmente hoje, aborda os problemas da crise econômica mundial, como a fome, a miséria e o aumento das desigualdades, e denuncia uma política financeira sem os valores de Deus. 
 

"O Livro Branco do Governo sobre o futuro do modelo social na Itália se encontra casualmente em boa sintonia com este documento, porque tem como referência fundamentos da doutrina social da Igreja, como os conceitos de liberdade, de comunidade familiar e territorial, de subsídios, de sustentabilidade social, desenvolvimento econômico, e caridade", explicou o ministro. 

 

Sacconi pontua que a carta papal pede frequentemente a "liberdade e a conjunção dos direitos com os deveres", fazendo referência também ao "trabalho decente" solicitado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

 

"A encíclica é assim perfeitamente simétrica e orgânica a partir da integração da fé com a razão", defendeu o ministro. 
 

O ministro da Economia italiano, Giulio Tremonti, disse, por sua vez, que a publicação é "um documento muito, muito importante".

 

Já o economista Giacomo Vaciago pontuou que o sistema financeiro mundial registrou "nos últimos anos grandes sucessos", mas agora começaram a aparecer os problemas. 

 

Para Vaciago, a "Caristas in Veritate" é um documento que "desmonta o debate superficial entre Estado e mercado" e coloca em evidência a importância das pessoas, já que o Pontífice conseguiu enumerar os problemas de diversos setores sociais. 

 

Dividida em quatro capítulos, além de introdução e conclusão, a carta apostólica faz uma releitura da encíclica Populorum Progressio, de Paulo VI, publicada em 1967 e ressalta a importância de Deus no desenvolvimento humano. 
 

Nesse sentido, a encíclica critica também o binômio mercado-Estado e fala da necessidade de "novas autoridades políticas mundiais", capazes de administrarem os processos globais com "um poder efetivo", respeitando "os princípios de subsidiariedade e solidariedade". 
 

Antes da Caritas in Veritate, Bento XVI publicou "Deus caritas est" (Deus é amor, 2006) e "Spe salvi" (Salvos graças à esperança, 2007).

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