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Cresce 40% o número de suicídios na Itália relacionados à crise econômica, de acordo com estudo

Recente estudo da Report Global revela que a situação financeira dos italianos está relacionada ao aumento do número de suicídios no país. Segundo a pesquisa, apenas em 2013 os casos de pessoas que tiraram a vida em função dos reflexos da crise econômica praticamente dobraram – no total, mais de 40% aumento.

Segundo o instituto Link Lab, que também pesquisou o problema no país, 14 empresários suicidaram após a perda do patrimônio e outras 16 pessoas perderam a vida após depressão e problemas psicológicos pela falta de emprego. “O aumento dos casos acontece porque a crise econômica traz uma sensação de não existir mais esperança, principalmente entre os empresários”, afirma o diretor da Link Lab, Nicola Ferrigni.

“Dificuldade financeira traz um impacto muito grande sobre o estado mental das pessoas”, afirma Maurizio Pompili, diretor do Centro de Prevenção ao Suicídio, da Universidade Sapienza de Roma, em entrevista à imprensa italiana.

No entanto, o ministério do Trabalho da Itália, afirma que a mídia e os centros de pesquisa exageram no diagnóstico.  "As pessoas dizem que houve um aumento, mas não é tão ruim quando pensamos que há uma crise econômica massiva. A gente tem que levar em conta que a notícia de um suicídio é algo que influencia e comove a opinião pública; a notícia também é mais veiculada durante uma crise econômica que em outras ocasiões", argumenta Carlo Dell’Aringa, porta-voz do Trabalho italiano.

De acordo com o Centro de Estatística da Itália, em 2012 25% da população vivia em “famílias carentes” – número 9% maior que o de 2011. A taxa de desemprego no mais alcançou em Maio o número de 12,2% – o maior da história do país.

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