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Prefeito de Roma, Gianni Alemanno, propõe campanha contra estupros

O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, propôs uma campanha de conscientização para combater a onda de estupros que assola a capital italiana.

"É preciso uma campanha nas escolas e entre os jovens para superar e vencer em todos os aspectos a cultura que vê nas mulheres um objeto de abuso", declarou o prefeito de Roma.

Para ele, a violência sexual tem duas origens. "Uma de caráter cultural, que surge na família, e outra que advém de pessoas que saíram de seus territórios e vivem entre nós", comentou Alemanno.

O prefeito criticou também a decisão da juíza Marina Finiti, que condenou à prisão domiciliar um réu confesso de estupro. O acusado teria cometido o crime durante as comemorações de fim de ano.

 

"Esperamos que a Justiça reveja esta decisão e prenda novamente o garoto acusado de estupro. As prisões domiciliares são sempre medidas brandas, e nós acreditamos que a Justiça deva levar em conta os crimes que provocam alarmes sociais, e sem dar sinais errados", opinou Alemanno.

O prefeito entende que "é necessário um sinal claro de que quem comete violência sexual na Itália não terá nenhuma forma nem de indulgência nem de perdão".

O prefeito informou também que conversou com a vítima, que havia declarado publicamente sua intenção de fazer justiça com as próprias mãos. "Ela sabe que exagerou (nas declarações), mas devemos entender a raiva desta garota, que sofreu uma violência", comentou.

A cidade de Roma vem enfrentando uma onda de estupros. Para combater os crimes, o premier italiano, Silvio Berlusconi, anunciou no último domingo que mobilizará 30 mil soldados.

Contudo, o anúncio do chefe de Governo ficou marcado por uma gafe. Berlusconi disse que os estupros não vão parar de acontecer até que haja "tantos soldados quanto meninas bonitas na cidade".

A declaração do premier foi muito criticada pela oposição, que alega que os casos de violência sexual ocorridos em janeiro mostram que não basta manter o Exército nas ruas para solucionar o problema.

Somente no primeiro mês do ano, cerca de 3.000 militares já haviam sido mobilizados para investigar e prender suspeitos de serem estupradores em Roma.

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