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Presença de jovens no mercado de trabalho diminui na Itália

O número de jovens presentes no mercado de trabalho e no mundo político na Itália diminui progressivamente, segundo um estudo elaborado pelo Fórum Nacional dos Jovens e pelo Conselho Nacional de Economia e Trabalho (CNEL).

O Fórum dos Jovens é reconhecido por lei como plataforma de organizações juvenis italianas e o CNEL é um organismo constitucional de assessoria às Câmaras Parlamentares e de Governo.

De acordo com o documento, a precariedade da atual estrutura do mercado de trabalho prejudica os jovens e os priva de construir carreiras longas e contínuas.

 

Em dez anos, aponta o estudo, o número de jovens com cargos de direções passou de 9,7% a 6,9% e a porcentagem daqueles que ocupavam posições de "comando intermediário" diminuiu de 17,8% a 12,3%. Do mesmo modo, o número de empresários jovens baixou de 22% a 15%.

O documento indica que mais de 50% dos jovens trabalham em condições precárias e que, ao longo de um ano, apenas um em cada cinco jovens obteve um emprego com carteira assinada. Mesmo assim, metade destes "afortunados" teve que se contentar com um contrato por tempo determinado.

Em relação ao mundo político, a porcentagem de deputados com menos de 35 anos nunca chegou a 10% (com exceção do período 1994-1996) e atualmente constituem 5,6%, embora os cidadãos de entre 25 e 35 anos representarem 18,7% da população italiana.

O problema é, diz o documento, que a Itália vive em uma "deriva gerontocrática", visto que os cidadãos com 46 a 50 anos constituem 8,4 % da população adulta mas 20,5% dos legisladores eleitos.

Segundo o texto, os cidadãos com menos de 35 anos são uma raridade no Parlamento, porque "competem com armas desiguais", pois quase nunca são incluídos na parte alta das listas eleitorais, e essa posição é "decisiva" para ser eleito.

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