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Presidente Giorgio Napolitano defende “soberania compartilhada” para os países da União Europeia

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, defendeu uma "soberania compartilhada" para os países da União Europeia (UE) que inclua uma unificação não só da política monetária, mas fiscal, orçamentária e macroeconômica em geral.

A "soberania compartilhada", segundo o chefe de Estado italiano, estaria "sob a responsabilidade política" da UE.

Após defender a manutenção do euro como moeda única do bloco, Napolitano atestou que "a Europa não pode de se dividir e se fragmentar segundo linhas geográficas ou sobre bases de intransigências opostas e de potenciais exclusivismos".

Ele reconheceu que o ano de 2011 foi "o ano em que o projeto europeu foi abalado e colocado à prova" e no qual ocorreram "riscos muito graves" para a Itália.

O presidente italiano avaliou que, no último conselho europeu, que reuniu os chefes de Governo e de estado do bloco, foi construída, uma "barreira" para "bloquear ataques pesados sobre mercados financeiros aos débitos soberanos de Estados como o nosso".

O chefe de Estado ainda fez um apelo às forças políticas no Senado para que aprovem a manobra econômica de 30 milhões de euros proposta pelo governo do atual premier, Mario Monti.

O pacote, segundo ele, trata de mudanças institucionais e constitucionais que já eram discutidas desde o início da atual legislatura que não foram colocadas em prática nos últimos anos.

Napolitano, por isso, pediu ao Senado e às forças políticas que "se recupere o tempo perdido".

O presidente italiano ainda justificou sua decisão de optar por designar um governo técnico ao invés de convocar eleições antecipadas com a renúncia do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, afirmando que sua postura era seu "dever institucional".

"Meu dever foi intervir para fazer com que não houvesse na Itália uma dissolução imediata da Câmara e o recurso às urnas, vista que a crise na Europa", concluiu.

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