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Presidente italiano diz que a solução para formar governo na Itália está com os partidos

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, disse após o término do trabalho dos 10 especialistas convocados para analisar a situação de paralisia política no país que a única solução para formar governo "é a colaboração entre os partidos".

Napolitano explicou que o relatório sobre os "possíveis pontos de acordo" estipulados pelos chamados "sábios", que trabalharam durante dez dias, serão encaminhados para avaliação do próximo presidente, que será escolhido em eleições que começam a partir de 18 de abril.

O chefe de Estado nomeou duas comissões de analistas para que se encarregassem de elaborar os possíveis pontos em comum entre as forças políticas, depois que o líder da centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, fracassou em sua tentativa de formar governo.

"A palavra e as decisões passam agora para as forças políticas e será meu sucessor quem tirará as conclusões", concluiu Napolitano após receber hoje os especialistas.

O presidente reiterou que das duas rodadas de consultas que manteve após as eleições de 24 e 25 de fevereiro, o único resultado obtido foi que "só da colaboração entre as forças políticas pode surgir a formação de um novo governo, que o país necessita urgentemente".

Napolitano explicou que os dois relatórios realizados pelas comissões, uma socioeconômica e a outra político-institucional, contêm "uma seleção das questões mais importantes do que é preciso enfrentar, as possíveis linhas de ação, mas deixando para as forças políticas racionar sobre as margens de convergências e divergências".

Napolitano, de 87 anos, apreciou o trabalho dos analistas, que apesar das opiniões divergentes chegaram a "posições comuns", e citou o relatório como exemplo para que "esforços de boa vontade e entendimento se transfiram para a política e para as assembleias representativas".

Os documentos foram publicados no site da presidência para que possam ser avaliados e o próximo chefe de Estado se ocupará deles após as eleições. Com a indicação das duas comissões e esta declaração Napolitano encerra seu mandato.

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