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Presidente italiano Giorgio Napolitano condena violência nos estádios

Após o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pedir o fim da impunidade nos estádios do país, foi a vez do presidente Giorgio Napolitano criticar a violência no futebol italiano, cuja imagem ficou manchada por conta das brigas de torcedores antes da final da Copa da Itália entre Napoli e Fiorentina, partida que foi disputada em Roma.

"Aquilo que ocorreu é sinal de uma crise moral, de valores e de comportamento que se registra na Itália, ao lado de outros surtos de violência e episódios de extremismo", disse o chefe de Estado do país. Para Napolitano, a sociedade precisa romper com os "encrenqueiros" e a Justiça tem que puni-los com rigor.

"O que foi visto fora e dentro do Estádio Olímpico está relacionado com o pior da violência e da criminalidade, e precisamos tratá-lo como algo diferente do mundo do futebol", acrescentou. Já o ex-premier Silvio Berlusconi afirmou que não é bom ver o Estado como refém dos "ultras", nome dado aos grupos de torcedores mais radicais no país, mas salientou que é preciso separá-los dos delinquentes.

"Os ultras são torcedores apaixonados, com ideais, que enxergam nos atletas em campo a personificação de si mesmos. É preciso separar quem é ultra de quem é delinquente", declarou o ex-primeiro-ministro, durante entrevista a um programa de televisão local.

A confusão antes da final da Copa da Itália deixou um torcedor internado em estado grave e diversos feridos. O jogo atrasou em quase uma hora porque os tifosi do Napoli não paravam de atirar sinalizadores dentro do gramado, e só foi possível iniciar a partida após uma negociação com o líder dos ultras napolitanos.

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