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Presidente italiano Giorgio Napolitano promete punição por atentado ocorrido na cidade de Brindisi

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, declarou que os assassinos da jovem Melissa, morta no atentado na cidade de Brindisi no fim de semana passado, "terão a resposta que merecem", ao receber alguns colegas de classe da vítima, da escola Morvillo-Falcone.

"Ousaram acabar com a vida de Melissa e ameaçar a de outras 16, se o fizeram em Brindisi, naquela escola, para ofender a memória de uma mártir como Francesca Morvillo Falcone, pagarão por isso e serão levados à Justiça", afirmou Napolitano.

O chefe de Estado italiano recebeu dos cinco colegas de classe de Melissa e de outros estudantes da escola Morvillo-Falcone um livro com recados recolhidos nos últimos dias.

Falcone foi uma célebre juíza italiana que combateu a máfia no país e foi assassinada em 1992 em um atentado enquanto durante uma viagem.

O ataque em Brindisi, ocorrido no último sábado, foi deflagrado às vésperas do 20º aniversário de morte da magistrada. O ataque, porém, ainda não foi reivindicado.

"Não nos deixemos intimidar, não deixemos disseminar o medo e o terror, nem no 1992, em outras duras ocorrências chocantes, muito menos cederemos agora", afirmou Napolitano, diante dos jovens com quem se encontrou.

O presidente atestou que está "preocupado" por causa da "persistente gravidade da pressão e da ameaça mafiosa".

"Não a subestimemos, mas nos sentimos muitos mais fortes que naqueles trágicos momentos de 1992", "pela crescente mobilização de consciências e de energia que tem sido realizada no nome de Giovanni Falcone e Paolo Borsellino", recordou.
Falcone e Borsellino também foram juízes que combateram a máfia e foram responsáveis por diversas prisões de criminosos ligados à máfia siciliana.

Ambos foram mortos em atentados promovidos pelas organizações criminosas há 20 anos e são considerados uns dos mais importantes magistrados na luta antimáfia.

Napolitano ainda disse que "a máfia e outras expressões da criminalidade organizada continuam a ser um problema grave para a democracia a ser perseguido com grande determinação".

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