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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi anuncia corte de 10 bilhões de euros em impostos

Após uma reunião de aproximadamente duas horas com o seu gabinete, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou uma série de medidas para reduzir a carga tributária sobre famílias e empresas e impulsionar a economia do país.

Entre elas, talvez a mais importante seja o corte no Imposto de Renda para Pessoas Físicas (Irpef, na sigla em italiano) para aqueles que ganham menos de 1,5 mil euros (R$ 4,8 mil) por mês.

Segundo o premier, essa parcela da população terá um alívio de mil euros (R$ 3,2 mil) por ano em suas despesas. A redução deve começar a valer a partir do dia 1º de maio e custará cerca de 10 bilhões de euros (R$ 32,4 bilhões) a cada 12 meses aos cofres públicos. "A cobertura para esse valor será feita totalmente pelo governo por meio da diminuição de gastos, sem o aumento de outras taxas. O Estado vai apertar um pouco o cinto", garantiu Renzi.

Além disso, o primeiro-ministro anunciou, também para maio, um corte de 10% no Imposto Regional sobre as Atividades Produtivas (Irap), que incide sobre as empresas. No entanto, neste caso, a medida será compensada com a elevação de 20% para 26% na taxação sobre as aplicações financeiras, com exceção dos títulos públicos. Já o custo da energia para pequenas e médias companhias será reduzido em 10%.

Para diminuir o desemprego no país, principalmente entre os jovens, Renzi vai instituir em 1º de junho um fundo de 500 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) para as "empresas sociais", ou seja, aquela que reinvestem seus lucros em fins que beneficiem a sociedade, tanto na própria operação como diretamente na comunidade, ao invés de maximizar os ganhos dos seus acionistas.

O governo ainda vai apresentar no Parlamento um projeto de lei para reorganizar inteiramente o sistema de trabalho italiano, abordando quase todos os aspectos legislativos e econômicos do mercado, como subsídios para desocupados, auxílio-maternidade, entre outros. Os planos do primeiro-ministro também incluem a simplificação dos contratos temporários e de aprendizado.

Desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro da Itália, Renzi tem reiterado constantemente a importância de incrementar a infraestrutura educacional do país. Por isso, ele anunciou a destinação de 3,5 bilhões de euros (R$ 11,3 bilhões) para obras de melhorias nas escolas. 

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