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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi é acusado de querer criar partido paralelo

O primeiro-ministro da Itália e secretário do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, foi acusado de querer montar uma legenda paralela para enfraquecer a minoria que se opõe a ele dentro da sigla.

O grupo ligado ao premier está organizando uma conferência em Florença chamada Leopolda, que irá reunir apoiadores do chefe de governo. A realização do congresso expôs ainda mais o racha dentro do PD, que enfrenta problemas financeiros, enquanto o evento recebe recursos milionários.

"Matteo, eu te pergunto sem tons polêmicos, o que é a Leopolda? Leio que uma associação está financiando a conferência com 2 milhões de euros. E o partido tem problemas de dinheiro. Isso reforça a ideia de um partido paralelo", atacou Gianni Cuperlo, um dos líderes da minoria da sigla e derrotado por Renzi na disputa pelo seu comando.

Por outro lado, o primeiro-ministro rebateu que não se deve perder tempo "dramatizando" a realização do encontro. "A Leopolda é um extraordinário espaço de liberdade política", disse o premier, acrescentando que é contra a existência de correntes dentro da legenda, inclusive a dos "renzianos".

As divisões no Partido Democrático aumentaram por conta do polêmico projeto do governo para flexibilizar a legislação trabalhista do país. Enquanto o Executivo defende a necessidade de mudar as regras para incentivar as empresas a contratarem, a minoria do PD acusa Renzi de ser pouco claro em suas propostas para a área, colocando em risco direitos históricos dos trabalhadores, como a proibição de demissões sem justa causa. 

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