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União Europeia promete mais dinheiro para conter crise migratória

erminou com a promessa de mais recursos para evitar novas tragéidas no Mar Mediterrâneo a reunião extraordinária realizada em Bruxelas pelo Conselho Europeu, órgão que conta com os chefes de Estado e governo dos 28 países da União Europeia.

O encontro foi convocado a pedido do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, para discutir a cada vez mais grave crise migratória no sul do continente. Apesar das divergências sobre o papel que a UE pode desempenhar para enfrentar o problema, os líderes concordaram em triplicar o orçamento da operação Triton, força tarefa implantada no final do ano passado para inibir a viagem de embarcações clandestinas no Mediterrâneo.

Com isso, a iniciativa terá disponíveis 120 milhões de euros por ano, quase a mesma quantia que Roma gastava sozinha com a Mare Nostrum, operação civil e militar realizada entre outubro de 2013 e novembro de 2014 para combater a imigração ilegal no sul da Europa. A medida havia sido iniciada após um naufrágio matar 368 pessoas no Canal da Sicília.

"Foi um encontro significativo, um grande passo à frente para a Europa", disse Renzi após a reunião. Mais cedo, ele havia afirmado que a UE não pode ser relegada a questões econômicas, ou corre o risco de "perder a alma".

Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou que a Triton poderá ter seu orçamento aumentado novamente caso seja necessário. "Se for preciso mais dinheiro, colocaremos. Não vamos fracassar por falta de recursos", garantiu.

O Conselho Europeu também decidiu dar à alta representante do bloco para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, um mandato para iniciar "imediatamente" a preparação de eventuais operações de defesa comum. Com isso, serão conduzidas ações militares cirúrgicas para destruir barcos clandestinos antes que eles sejam usados por traficantes de seres humanos.

Além disso, deve ser criado um projeto piloto voluntário para "redistribuir" até 10 mil solicitantes de refúgio entre os países da União Europeia. Contudo, entre as nações que devem participar do plano não está o Reino Unido. "É justo que a nossa Marinha salve vidas, mas não daremos asilo. Levaremos as pessoas resgatadas para a Itália ou outros países vizinhos", explicou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

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