O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, participou de um evento na Universidade de Nairóbi, no Quênia, e lembrou do atentado do grupo jihadista somali Al Shabab em Garissa, que deixou 148 mortos.
A visita faz parte de um tour pela África que também incluiu uma passagem de um dia pela Etiópia e tem como objetivo reforçar os laços comerciais de Roma com nações do continente. Com o agravamento da crise migratória no Mediterrâneo, o governo italiano tem defendido a necessidade de ajudar países africanos a se desenvolverem para diminuir o número de pessoas dispostas a embarcar nas viagens da morte para chegar à Europa.
"A decisão de atacar uma universidade no Quênia não foi apenas uma mensagem para vocês, mas para todos os cidadãos do mundo. Quando uma universidade é atacada, cada um de nós é atingido também. Mas nunca deixaremos o terrorismo vencer", afirmou Renzi para uma plateia repleta de estudantes.
O premier ainda afirmou que o futuro do Quênia está nas mãos dos jovens e que eles devem se tornar "líderes", e não "seguidores". "Vocês são os novos líderes do seu país e podem deixá-lo em condições melhores. Não sei se terão sucesso, mas vocês devem ser os líderes das ideias do futuro", ressaltou.
Investimentos
Renzi também destacou a importância de se investir na África, ao invés de apenas "usá-la". Segundo ele, é importante que a comunidade internacional apoie projetos e encorajem relações bilaterais. "Porém a coisa mais importante é investir nas novas gerações, principalmente nas mulheres", disse.