Notícias

Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi discutirá ajustes econômicos na Câmara dos Deputados

O premier da Itália, Silvio Berlusconi, deverá tratar da situação econômica do país na próxima quarta-feira no plenário da Câmara de Deputados e do Senado e na quinta-feira em uma reunião com representantes da sociedade civil que ratificaram o pacto anti-crise.

Membros da Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria), representantes dos industriais italianos, e sindicatos ainda encontrarão a oposição logo após a reunião com o chefe de Governo na quinta-feira.

Em nota, o chefe do governista Povo da Liberdade (PDL) na Câmara,Fabrizio Cicchitto, atestou que Berlusconi se colocou à disposição tanto para as indagações parlamentares como com os representantes civis.

O ministro do Trabalho e Políticas Sociais, Maurizio Sacconi, afirmou em entrevista ao Corriere della Sera que o governo deve debater com a sociedade uma agenda de cinco pontos, entre os quais a redução de taxas, a internacionalização das empresas, o estímulo à inserção de jovens no mercado de trabalho e o início de uma série de liberalizações e privatizações.

Em segundo lugar, o alto funcionário defendeu a negociação de uma forma de superar os "gargalos" que retraem a realização de obras públicas, e, em terceiro, a análise das parcerias público-privadas com bancos e financiadoras.

O quarto ponto da agenda de discussão deve tratar das relações trabalhistas e da reforma do setor, com a negociação da redução de direitos trabalhistas, e o quinto ponto será sobre a política de corte de custos do governo.

De acordo com Sacconi, o governo tem como objetivo com esse encontro "partilhar" "a responsabilidade dos atores institucionais, econômicos e sociais para o crescimento da economia e do trabalho", após ter aprovado o plano de austeridade fiscal de 79 bilhões de euros (R$ 176,8 bilhões), que incluiu o corte orçamentário de 47 bilhões de euros (R$ 105 bilhões).

O plano pretende reduzir o déficit público da Itália, que ameaçava toda a zona do euro caso o país não aprovasse um mecanismo que garantisse que não haveria calote da dívida pública.

Atualmente, a dívida italiana é de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios