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Prisão do italiano Cesare Battisti é destaque em jornais europeus

A prisão do ex-ativista italiano Cesare Battisti pela Polícia Federal foi destaque na imprensa internacional, principalmente a europeia. A detenção ocorreu cerca de 15 dias depois da juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu determinar de Battisti, alegando situação irregular do italiano no Brasil. A notícia foi destaque nos portais dos principais jornais da Itália, como o "Corriere della Sera" e o "La Repubblica". A mídia italiana classifica Battisti como "terrorista" por ter sido condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando era militante do grupo de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

"Cesare Battisti preso no Brasil. Transferência para França é uma hipótese", destacou o "Corriere", referindo-se ao possível destino do italiano. "Brasil: Polícia Federal prende Battisti" foi o título do "La Repubblica".

Na França, o "Le Monde" e o "Le Figaro" também anunciaram a prisão: "Italiano Cesare Battisti preso em via de deportação", destacaram os periódicos. Condenado à revelia, Battisti viveu na França e fugiu do país quando teve sua extradição autorizada. Foi para o México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007.

De acordo com a sentença da juíza federal brasileira, a condenação de Battisti por crime doloso na Itália impede a concessão de visto no país, documento que o italiano conseguiu logo após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitar um pedido de extradição da Itália em seu último dia de mandato. O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia autorizado a extradição.

Segundo a PF, o ex-ativista ficará na sua Superintendência Regional de São Paulo até que a deportação seja efetivada.

"Todas as medidas necessárias para o cumprimento da deportação de Battisti estão sendo tomadas", disse a assessoria da Polícia Federal.

O advogado do italiano Cesare Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, afirmou à ANSA que a prisão do seu cliente é uma "aberração". "Muito estranho. Considero a decisão uma aberração", comentou.

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