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PROCURADORIA DE BOLONHA: Justiça da Itália reabre caso de advogado italiano assassinato em 2002

A Procuradoria de Bolonha vai reabrir o inquérito sobre o assassinato do advogado trabalhista Marco Biagi, que trabalhava para o governo italiano e foi morto por uma organização comunista em 19 de março de 2002. O caso tinha sido arquivado pela Justiça, mas o procurador Roberto Alfonso acredita que funcionários do Ministério do Interior, na época comandado por Claudio Scajola, podem ser acusados pelo crime de homicídio por omissão.

Biagi foi alvo de uma emboscada na porta de sua casa por parte da Nuove Brigate Rosse (Novas Brigadas Vermelhas), grupo que reúne formações armadas de extrema esquerda. O advogado trabalhava como consultor do governo, então chefiado por Silvio Berlusconi, em um projeto de reforma do mercado de trabalho.

A Procuradoria defende que membros do Ministério do Interior revogaram a escolta a que Biagi tinha direito, mesmo tendo conhecimento de ameaças contra ele. A reabertura do inquérito será possível graças a documentos apreendidos na investigação contra Claudio Scajola, que está preso em Roma pela acusação de ter tentado ajudar o empresário e ex-deputado italiano Amedeo Matacena a fugir de Dubai, onde se encontra atualmente, para o Líbano.

O empreendedor foi condenado em seu país a cinco anos de cadeia pelo crime de associação mafiosa. A investigação da Procuradoria de Bolonha sobre o caso Biagi ainda não apresentou nenhum suspeito, e os responsáveis pelo inquérito vão identificar as pessoas que tinham a obrigação jurídica de evitar o assassinato do advogado.

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