O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não será mais processado por abuso de poder ao intervir para a libertação de uma jovem marroquina, segundo a versão online do jornal The Whig Standard de Kingston. O promotor-chefe de Milão afirmou na quarta-feira que não havia provas para abrir um processo contra Berlusconi.
A dançarina Karima el-Mahroug, 18 anos, conhecida como Ruby, estava ilegalmente na Itália e havia sido presa em maio por roubar cerca de 4 mil euros. O primeiro-ministro italiano fez uma ligação pedindo que ela fosse libertada, alegando que Ruby era neta do presidente egípcio, Hosni Mubarak. A jovem foi solta sob a custódia de um dos assessores de Berlusconi.
Em outubro, a imprensa italiana noticiou que Ruby estava ligada a um escândalo sexual envolvendo o primeiro-ministro. A jovem, na época com 17 anos, teria dito a magistrados de Milão que compareceu a festas na residência particular de Berlusconi, em Arcore. A jornais, Ruby disse ter recebido 7 mil euros (US$ 9.760) do premiê, mas negou ter feito sexo com ele.
Silvio Berlusconi possui um histórico de escândalos sexuais. Um deles, envolvendo a aspirante a modelo Noemi Letizia, culminou com o pedido de divórcio da então mulher do primeiro-ministro, Veronica Lario, no início de 2009. Ainda neste ano, a prostituta Nadia Macri afirmou que Berlusconi pagou mais de 10 mil euros por noite para fazer sexo com ela em orgias nas suas propriedades em Sardinia e próximo a Milão.
