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Cardeais que questionaram Papa Francisco podem perder cargo na Igreja

Os quatro cardeais que questionaram o papa Francisco sobre sua exortação católica "Amoris Laetitia", lançada em 8 de abril deste ano e que trata de questões como família e casamento, podem perder sua posição na Igreja. A declaração foi realizada pelo decano do Tribunal da Rota Romana, o monsenhor Vito Pinto, durante um evento em Madri organizado pela Conferência Episcopal Espanhola. "Falando isso eu não estou dizendo que o Papa o fará, mas que o poderia fazer", já que uma situação dessas já aconteceu no passado, em outros momentos da história da Igreja, afirmou o decano.

Os quatro cardeais que pediram que Francisco se esclarecesse sobre o documento, principalmente no que se refere à relação da Igreja com os divorciados, são Raymond Leo Burke, um dos mais conservadores do clero norte-americano e ferrenho defensor da interpretação rígida da doutrina católica; Walter Brandmüller, que já atuou como presidente do Pontifício Comitê de Ciências Históricas durante o Pontificado de Bento XVI e pelos arcebispos eméritos Carlo Caffara e Joachim Meisner. Para Vito Pinto, o que os quatro cardeais fizeram foi "um escândalo muito grave" por que colocaram em discussão "dois sínodos dos bispos sobre o matrimônio e sobre a família". "Não um sínodo, mas dois, um ordinário e o outro extraordinário, não se pode duvidar a ação do Espírito Santo", concluiu Vito Pinto. 

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