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Quase 70% dos italianos veem aumento do racismo no país

Um relatório sobre a situação social da Itália mostra que 69,8% dos habitantes do país acreditam em um aumento dos episódios de intolerância e racismo contra migrantes ao longo do ano.

Os dados foram compilados pelo Centro de Estudos e Investimentos Sociais (Censis), instituto de pesquisa socioeconômica que produz estatísticas anuais sobre a percepção dos italianos sobre a sociedade.

A sensação de aumento do racismo é maior no centro da Itália (75,7%) e no sul (70,2%) e entre os idosos (71%) e as mulheres (72,2%). Além disso, 58% dos entrevistados acreditam ter havido um crescimento do antissemitismo.

O país tem convivido nos últimos meses com recorrentes casos de racismo no futebol, envolvendo desde torcedores até a imprensa, e com a falta de ações concretas para combater a discriminação racial.

Para 50,9% dos entrevistados, o aumento dos episódios de racismo se deve às dificuldades econômicas e à insatisfação geral da população. Outros 35,6% o atribuem ao crescimento do medo de ser vítima de crimes, o que, por si só, já seria um sentimento racista. 23,4% creem que isso depende do excesso de migrantes, mas 20,5% pensam que os italianos são pouco abertos em relação a estrangeiros.

Quanto ao machismo, 73,2% das pessoas estão convencidas de que a violência contra a mulher é um problema real da sociedade italiana. Entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, segundo o Censis, a Itália registrou 92 casos de feminicídio no ambiente familiar ou afetivo.

“Homem forte” – O Censis também descobriu que 48% dos italianos gostariam de um “homem forte no poder”, que não precisasse se preocupar com Parlamento e eleições. Esse percentual sobe para 56% entre pessoas de baixa renda.

Por outro lado, 62% defendem que a Itália permaneça na União Europeia, e 61% apoiam a manutenção do euro.

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