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Frio provoca mortes e paralisação de serviços na Itália e na Europa

A onda de frio polar dos últimos dias e as temperaturas negativas que se registam na Europa voltaram a provocar mortes em vários países e a paralisar parte do continente.

 

O Ministério do Interior polaco informou que sete pessoas morreram na Polónia, onde os termómetros desceram aos 25 graus negativos.

 

Entre as vítimas mortais, está um sem-abrigo, 68 anos, cujo corpo foi encontrado no interior de uma casa abandonada em Jozefow, e um outro homem, 51 anos, que vivia sozinho na cidade de Eligiow, disseram fontes policiais.

 

Desde 01 de Novembro do ano passado, já morreram na Polónia 76 pessoas por hipotermia, referiu o Ministério polaco, acrescentando que a maioria das vítimas são sem-abrigo e pessoas sob a influência do álcool que acabam por dormir na rua.

 

Na Alemanha, as temperaturas mínimas atingiram 28 graus negativos em alguns pontos do país, os níveis mais baixos dos últimos 22 anos.

 

No maior país da União Europeia, uma mulher de 77 anos não resistiu às baixas temperaturas e foi encontrada sem vida num jardim, em Weimar (leste).

 

A Suiça também registrou temperaturas negativas fora dos níveis normais, abaixo dos 26 graus, e na Roménia os termómetros chegaram aos 31 graus negativos.

 

Ainda no território romeno, dois homens morreram e várias pessoas foram hospitalizadas com queimaduras graves devido ao frio.

 

O Norte de Itália também foi atingido por uma intensa neve, o que obrigou a anulação ou ao atraso de vários voos nos aeroportos de Génova e de Milão.

 

O mesmo aconteceu em Bruxelas e no aeroporto internacional de Roissy, em Paris, que também sofreram sérias perturbações nos serviços devido à acumulação de neve.

 

Cerca de duas mil pessoas tiveram que passar a noite de segunda para terça-feira no aeroporto parisiense, tendo sido distribuídas milhares de refeições e cobertores.

 

Ainda em Paris, a torre Eiffel, habitualmente aberta todo o ano, foi encerrada segunda-feira devido às más condições meteorológicas.

 

A torre reabriu só ao fim da tarde de terça-feira, depois de terem sido aquecidas as plataformas do monumento.

 

Na Espanha, sete regiões estão sob alerta da Protecção Civil devido às temperaturas negativas e à queda de neve, intensa em algumas zonas, que se esperam para as próximas horas.

 

A Protecção Civil emitiu ainda avisos especiais sobre a queda de neve para vários organismos relevantes, entre eles a Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea (AENA) — que gere os aeroportos do país — a Rede Elétrica Nacional e várias empresas energéticas.

 

O alerta foi emitido para as regiões de Aragão, Catalunha, Castela La Mancha, Múrcia, Valência, Andaluzia e Baleares.

 

As temperaturas mais baixas podem verificar-se na Catalunha (atingindo dez graus negativos) e na  quinta-feira antecipa-se que as temperaturas mínimas possam chegar aos onze graus negativos em Huesca e aos menos oito em Saragoça.

 

O mau tempo deverá afetar a circulação em várias zonas montanhosas e em portos de montanha.

No Reino Unido, o mercúrio desceu até aos 11 graus negativos, o que provocou um aumento significativo dos pedidos de auxílio por parte da população.

 

Os serviços de emergência britânicos registaram mais de 40 mil chamadas num espaço de 36 horas.

 

Algumas escolas foram fechadas no centro do país por falta de aquecimento ou pela ruptura de canos e, pela primeira vez em dez anos, foi dada uma ajuda monetária de 27 euros (cerca de 25 libras) para o aquecimento de reformados e pessoas mais carenciadas.

 

Em Portugal continental, 13 dos 18 distritos estão hoje com aviso Amarelo por causa do tempo frio, devendo as temperaturas mais baixas ocorrer em Bragança e na Guarda, com cinco graus negativos.

 

Para agravar os efeitos desta vaga de frio, muitos países europeus, sobretudo na zona dos Balcãs, já deixaram de receber abastecimento de gás natural, devido a uma contenda entre a Ucrânia e a Rússia, e estão a racionar o combustível.

Macedónia, Sérvia, Croácia, Bósnia, Hungria, Bulgária e Grécia já confirmaram a suspensão das entregas de gás russo, enquanto a Polónia e a França registaram quebras na ordem dos 15 e 70 por cento, respectivamente.

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