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Alitalia publica edital de venda e inicia busca por comprador

A Alitalia, que está sob intervenção do governo da Itália, publicou o edital para sua venda.

As empresas ou consórcios interessados em comprar a maior companhia aérea do país têm até o dia 5 de junho para se manifestar. Serão admitidas tanto ofertas nacionais quanto internacionais por todos os ativos da Alitalia ou apenas por uma parte deles, desde que os grupos sejam idôneos.

O objetivo do governo é realizar um "programa de recuperação do equilíbrio econômico" da sociedade, que está sendo administrada por três comissários indicados pelo Ministério do Desenvolvimento: Luigi Gubitosi, Stefano Paleari e Enrico Laghi.

Os executivos trabalham com a hipótese de receber as ofertas não vinculantes, ou seja, que não obrigam a compra por aquele preço, até o fim de julho.

A Itália foi forçada a intervir na Alitalia, uma empresa privada, após a companhia aérea não ter chegado a um acordo com sindicatos para demitir cerca de 1 mil funcionários, inviabilizando um aumento de capital de 2 bilhões de euros.

No entanto a crise financeira na empresa já se arrasta há anos e não melhorou nem com a entrada da Etihad Airways em seu capital societário. Os comissários foram nomeados para sanar suas contas e tentar encontrar um comprador – se isso não acontecer, a Alitalia pode entrar em falência.

A União Europeia já aprovou que a Itália faça um empréstimo-ponte de 600 milhões de euros para ajudar a companhia pelos próximos seis meses – o dinheiro será recuperado pelo governo na conclusão de uma eventual venda -, mas até o momento ninguém deu indícios de interesse.

Alguns gigantes da economia italiana negaram a intenção de participar do resgate, como a petrolífera ENI e o banco Intesa Sanpaolo. Além disso, o próprio governo descarta envolver alguma estatal – a mais cogitada era a Ferrovie dello Stato – no salvamento da companhia aérea.

A alemã Lufthansa também já afastou essa possibilidade, mas continua cotada como uma possível compradora, assim como a irlandesa Ryanair e a britânica Easyjet, ambas de baixo custo.

Ao menos por enquanto, a Alitalia continua operando normalmente, inclusive seus voos diretos para o Brasil.

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