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Senador italiano Marcello Dell’Ultri é condenado a sete anos de prisão em segunda instância

O senador italiano, Marcello Dell'Utri, do partido governista Povo da Liberdade (PL) e amigo pessoal do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi condenado em segunda instância, em Palermo, a sete anos de prisão por "associação criminosa" de tipo mafioso.

O senador havia sido condenado, em 2004, em primeira instância a nove anos de prisão com a mesma acusação, mas o tribunal de apelação, apesar da promotoria ter pedido 11 anos, reduziu a pena considerando que "não subsistem" as condutas delitivas posteriores a 1992.

Dell'Utri é acusado de ter sido o elo político entre o premier Silvio Berlusconi e a Cosa Nostra, a máfia siciliana, negociando favores para os dois lados.

O Tribunal de Segunda Instância condenou Dell'Utri a pagar 7 mil euros ao Município de Palermo, capital da Sicília, e 7 mil para a Província de Palermo pelos gastos realizados durante o processo contra ele.

Por outro lado, o mesmo tribunal declarou improcedente continuar julgando Gaetano Ciná, acusado junto com Dell'Utri, porque ele já faleceu.

O advogado, Nino Mormino, defensor de Dell'Utri, disse que a sentença de hoje põe fim a teoria da "suposta negociação entre o Estado e a máfia" durante o período das matanças realizadas por mafiosos em 1992 e 1993.

Esta teoria supõe que, de alguma forma, Berlusconi e alguns de seus homens, teria feito um acordo com a máfia para se firmarem como grupo político poderoso até então inexistente.

Os defensores anunciaram que irão recorrer em terceira instância. O Tribunal de terceira instância não volta a julgar o caso, apenas ratifica as condenações de segundo grau ou as anula se for comprovado que houve vício formal.

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