
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou ser favorável ao acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, ainda que o setor agrícola permaneça como motivo de preocupação para o país.
“Estou satisfeito com a parte industrial, embora em algumas questões agrícolas, como o arroz e a carne branca, ainda existam preocupações”, disse Tajani ao final de um encontro com o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic.
No início de outubro, o Executivo do bloco europeu apresentou formalmente um mecanismo de salvaguarda para proteger o agro contra flutuações excessivas nos preços e aumentos repentinos nas importações de produtos sul-americanos após a entrada em vigor do acordo.
Bruxelas vai monitorar o comércio de mercadorias agropecuárias do Mercosul tidas como “sensíveis”, incluindo carne bovina e de frango, arroz, mel, ovos, etanol e açúcar, e divulgará a cada seis meses um relatório sobre o andamento dos mercados na UE.
Se as importações aumentarem pelo menos 10% em relação ao ano anterior, ou se os preços forem pelo menos 10% menores na comparação com equivalentes europeus, a Comissão Europeia abrirá uma investigação que poderá levar à suspensão temporária das tarifas reduzidas.
Já na semana passada, os líderes dos 27 países-membros do bloco deram sinal verde para que o tratado com o Mercosul possa ser assinado neste ano, ainda que o Parlamento Europeu precise ratificar o texto.
“Contamos com o apoio da UE para encontrar soluções que também protejam o setor agrícola.
Espero que isso seja possível até o final do ano”, acrescentou Tajani.



