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Silvio Berslusconi diz que não há razões para crise econômica

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que "não há razões para crise" em vista de todas as medidas adotadas pelo governo, como "colocar em segurança os sistemas bancários e ajudar as empresas e as famílias". 

 

"O meu ponto de vista sobre a crise reflete a verdade: a situação está na mão de todos nós, dos cidadãos consumidores.

 

A duração da crise depende de todos nós", declarou o premier durante uma conversa telefônica no programa Mattinocinque do Canal 5. 

 

Berlusconi falou, porém, que a crise pode existir "por parte dos consumidores, que acreditam que ela existe realmente". Na última sexta-feira, o premier italiano havia pedido à população do país que deixe de economizar e gaste mais nas compras de Natal deste ano, para que assim seja possível minimizar o impacto da atual crise economia mundial.

 

As declarações do premier, contudo, foram criticadas pela oposição, que destacou a má gestão econômica do atual governo para lidar com os efeitos da turbulência global. Para Andrea Orlando, porta-voz do Partido Democrata (PD), principal força de oposição do país, as medidas anticíclicas adotadas pelo premier até o momento são insuficientes, "por isso, não conseguimos entender o que pode incentivar os cidadãos a gastar quando não há dinheiro". Segundo Orlando, ao recomendar o aumento das compras, Berlusconi demonstrou não conhecer os problemas do país.
 

Ao ser questionado pelo jornalista e apresentador Maurizio Belpietro sobre o risco das empresas decretarem férias coletivas (com salários reduzidos) em massa, Berlusconi respondeu que "se esta crise levar a isso", o governo preparou "recursos para pagar 70% do salário" dos funcionários afetados. "Naturalmente, acreditamos que estes trabalhadores começarão a consumir menos, e a crise aumentará, tornando-se viciosa e obrigando as outras empresas a produzirem menos e recorrer a mais às férias coletivas", explicou.

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