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Draghi comemora cenário econômico “melhor do que previsto” na Itália

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, comemorou que o cenário econômico do país é “melhor” do que as previsões mostravam e também a aprovação pelo Conselho de Ministros do Documento de Economia e Finanças (DEF), um instrumento de determina os gastos públicos e as projeções para o país.

O DEF, aprovado nesta manhã, prevê um crescimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, além da redução do déficit de 11,8% para 9,5%. Os números consideram um impacto menor da pandemia de Covid-19 na economia.

“O quadro econômico é muito melhor do que aquele que nós mesmos pensamos há cinco meses. Nós aprovamos a nota de atualização do DEF, que contém as previsões do governo sobre o andamento da economia e das finanças públicas. Foi um trabalho extraordinário”, disse Draghi em coletiva de imprensa.

Segundo premiê, os números mostram que a dívida pública “está em uma leve queda”. “Me pedi o que isso significa e essa é a primeira confirmação de que do problema da dívida pública se sai, antes de tudo, com o crescimento”, afirmou o chefe de governo.

“Agora há confiança na Itália, entre os italianos e no resto do mundo em relação a Itália. Isso é uma outra notícia positiva”, ressaltou destacando a estimativa de que os investimentos no país aumentem 15% em 2021 e 6% em 2022 – recuperando a queda de 9,2% registrada em 2020.

Draghi também foi questionado sobre a lei de orçamento para 2022 e confirmou que seu governo a apresentará “dentro de poucas semanas”.

“Precisamos estar atentos a quais medidas contribuem para um crescimento equilibrado, sustentável e duradouro e quais são indiferentes para o crescimento. O desafio mais importante será tornar o crescimento justo e sustentável, com taxas de crescimento mais altas dos que as que precederam a pandemia, que eram muito baixas e formavam a base da crise contínua da economia”, destacou.

Sobre a pandemia de Covid-19, o primeiro-ministro voltou a defender a vacinação como “única forma de proteger a nós mesmos e aos nossos próximos” e disse que as reformas que serão apresentadas ao governo, também no âmbito de impostos, não provocarão aumento de taxas “para ninguém”.

Ainda no campo das reformas, Draghi voltou a defender que a União Europeia precisará gastar mais com a defesa do bloco porque é “irreal” retornar ao patamar que estava antes da crise sanitária.

“A discussão sobre o pacto de estabilidade europeu irá durar por todo o 2022, mas pensar nas mesmas regras do passado, com as atuais estruturas financeiras, me parece irreal”, ressaltou.

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