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Itália reforça vigilância em bairros judeus e sinagogas

As autoridades italianas reforçaram a segurança nas áreas povoadas pela comunidade judaica, especialmente nos históricos “guetos” de Veneza e em Roma, após o ataque deflagrado pelo grupo fundamentalista Hamas contra Israel e a escalada de violência na região.

O Ministério do Interior reforçou a presença policial nos bairros judeus e nas zonas “sensíveis” do país, que já contavam com postos de vigilância militar há anos O Gueto de Veneza, o mais antigo da Europa com mais de 500 anos, teve a presença de agentes reforçada desde o último sábado (7), data do início do conflito em Israel, após a Comissão Provincial de Ordem e Segurança Pública ser convocada com urgência.

“Como está a situação? Não tem ninguém, a rua está deserta”, declarou um vendedor. Já o dono de uma das lojas de souvenirs da região ressaltou que “o ar que se respira é o mesmo de sempre, mesmo que veja um aumento nos controles”.

A questão da segurança causou divisão entre os moradores da região: alguns comerciantes notaram um aumento no número de forças policiais presentes no território, enquanto que para outros o efetivo permanece o mesmo de sempre. “Nada mudou, se houvesse mais soldados a preocupação aumentaria, mas está tudo tranquilo”, relatou Gino, apesar de um helicóptero da polícia estar sobrevoando o local.

Na última segunda, o prefeito de Veneza, Michele de Bari, reforçou que as autoridades estão trabalhando “para tornar o Gueto seguro para todas as pessoas que aí vivem”.

Segundo ele, a polícia “está monitorando a situação dia após dia, com a ajuda da comunidade judaica, para perceber o que é melhor prestar atenção”.

As sinagogas permanecem abertas, mas com seguranças nas portas, assim como o museu. “Trabalhamos sempre com a preocupação de que algo possa acontecer, sabemos que esta é uma área de risco”, afirmou um guia.

Já o prefeito de Roma, Lamberto Giannini, ordenou a “máxima atenção” nos bairros judeus, onde o alerta já era alto em decorrência do ataque contra uma sinagoga registrado em 1982.

O aumento da vigilância também foi decretado em outras partes da Itália, como Milão, Trieste, Florença, Turim, Nápoles e Traini. As duas últimas cidades são as que têm a maior comunidade da região sul do país.

Mais cedo, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, visitou de surpresa a Sinagoga de Roma, na capital do país, e apelou à “intensificação da proteção dos cidadãos da religião judaica”, porque “o risco de emulação dos atos criminosos do Hamas também pode chegar aqui”.

“Estou aqui para dizer que defenderemos estes cidadãos de todas as formas de antissemitismo”, concluiu ela.

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