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Terremoto volta a sacudir área de supervulcão no sul da Itália

A região de Campi Flegrei, que abriga um supervulcão subterrâneo em Nápoles, sul da Itália, voltou a ser sacudida por um terremoto de 4.0 na escala Richter.

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o abalo sísmico ocorreu a uma profundidade de dois quilômetros, valor considerado raso, e teve epicentro a cinco quilômetros de Pozzuoli, cidade da região metropolitana de Nápoles.

Trata-se do terremoto mais intenso da sequência sísmica iniciada na região no último domingo (31), que já conta com cerca de 40 tremores, sendo dois deles com magnitude 3.3.

O abalo foi sentido nitidamente em Pozzuoli e em alguns bairros de Nápoles, maior cidade do sul da Itália, porém não há registro de danos ou vítimas. “A situação está sob controle e continuaremos a dar atualizações com máxima transparência”, assegurou o prefeito de Pozzuoli, Gigi Manzoni.

A circulação de trens nas linhas que atravessam Campi Flegrei chegou a ser interrompida por precaução, mas já foi retomada.

A região tem passado por uma intensa atividade sísmica desde o ano passado devido ao fenômeno do “bradismo”, caracterizado pela elevação do nível do solo a partir do gás e magma acumulados nas profundezas. Os terremotos mais intensos ocorreram em 13 de março e 30 de junho de 2025, com 4.6 na escala Richter.

Diferentemente do vizinho Vesúvio, os Campi Flegrei (termo em grego antigo para “campos ardentes”) não têm um vulcão principal, mas sim diversas crateras espalhadas por uma estrutura chamada “caldeira”, ou seja, uma área rebaixada e relativamente circular que se formou devido à erosão causada por erupções passadas.

O fenômeno do “bradismo” é acompanhado com atenção pelo governo italiano, que, no entanto, já disse que não há risco de erupção iminente no supervulcão.

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