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Itália expressa preocupação com ações do Talibã contra afegãs

O governo italiano está preocupado com as ações recentes do grupo fundamentalista islâmico Talibã, principalmente as que afetam os direitos humanos de mulheres e meninas.

A declaração foi dada pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, após ele presidir um evento sobre a proteção das mulheres afegãs em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.

“Estamos muito preocupados com as ações recentes do Talibã, em particular por aquelas que estão prejudicando os direitos humanos de mulheres e meninas”, declarou Di Maio, prometendo que “a Itália será a primeira da fila na proteção desses direitos”.

O evento sobre o assunto contou com a presença de representantes de vários países e ativistas de direitos humanos, organizações da ONU e jovens mulheres que lutam pelos direitos do universo feminino.

Segundo o ministro italiano, três linhas de ação foram identificadas: “levar adiante em todas as intervenções de direito humanitário uma seção dedicada à proteção dos direitos das mulheres; apoiar ativistas que lutam por esses direitos mesmo fora do Afeganistão; criar um mecanismo de monitoramento diário sobre a violação dos direitos”.

“Acredito que toda a comunidade internacional deve lutar para que os resultados dos últimos 20 anos não sejam perdidos”, enfatizou Di Maio, lembrando que a escolaridade feminina ultrapassou os 90%.

A Itália preside o G20 em 2021 e vem tentando emplacar uma cúpula de líderes sobre a crise afegã desde meados de agosto, mas ainda não conseguiu acertar a reunião com os parceiros na aliança. A expectativa é que a reunião aconteça após a Assembleia Geral da ONU.

“O G20 dedicado ao Afeganistão proposto pelo [premiê Mario] Draghi é uma oportunidade importante para manter os holofotes naquele país. Não podemos nos dar ao luxo de fechá-los diante das notícias que chegam sobre a violação dos direitos das mulheres, no risco de novas ameaças terroristas”, ressaltou o político do Movimento 5 Estrelas (M5S).

Após o encontro, Di Maio explicou ainda que o governo italiano “nunca deixou de trabalhar nas evacuações do Afeganistão” e as transferências também se realizam através dos países vizinhos que visitou recentemente.

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