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União Europeia acusa Itália de lentidão no registro e acolhimento dos refugiados

Um relatório da Comissão Europeia acusa a Itália de lentidão na implantação de um sistema de registro e acolhimento dos solicitantes de refúgio que desembarcam no país.

 

O texto diz que, apesar dos "substanciais encorajamentos" por parte de Bruxelas, apenas um dos chamados "hotspots" projetados está em plena operação, o da ilha de Lampedusa. "A Comissão espera que outros dois centros, em Pozzallo e Porto Empedocle, sejam abertos em questão de dias", acrescenta o documento. Esses três lugares ficam na Sicília, um dos principais focos da crise migratória no continente.

 

Há alguns meses, as nações da União Europeia decidiram desenvolver um sistema de primeiro acolhimento nos locais que costumam concentrar as chegadas de solicitantes de refúgio. O objetivo da medida é identificar e registrar essas pessoas para que elas entrem no programa de realocação interna por cotas de Bruxelas.

 

No entanto, a UE acusa a Itália de não cumprir com o prometido, atrasando a inauguração dos hotspots e deixando de coletar as digitais dos imigrantes, o que motivou até a abertura de um procedimento de infração contra o país. A Grécia e a Croácia também são alvos do mesmo processo.

 

O relatório que será divulgado nesta terça ainda pede para Roma "acelerar" a criação de uma base legal para os centros de acolhimento, inclusive para permitir o "uso da força" no registro de impressões digitais e o bloqueio por maior tempo de solicitantes de refúgio que oferecerem resistência.

 

Apesar disso, o comissário europeu para Migração e Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, disse que não existe nenhuma tensão entre Itália e UE. "Agora o país está caminhando rapidamente, quero louvar publicamente Alfano", declarou, em referência ao ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, que garantiu que "quase 100%" das digitais já estão sendo coletadas.

 

Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 148 mil solicitantes de refúgio já desembarcaram na Itália em 2015, enquanto outros 2,8 mil morreram tentando cruzar o Mediterrâneo.

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