A União Europeia aliviou em parte o rígido programa de austeridade imposto desde a crise, dando mais tempo a alguns países para cumprir metas fiscais.
Este será o primeiro ano em que o dia de Corpus Christi não foi feriado em Portugal, um dos quatro feriados cortados por exigência da política de austeridade. O metrô de Lisboa também terá mais um dia de paralisação, em protesto dos funcionários contra redução de salários. Apesar dos cortes, as metas não estão sendo atingidas.
A Comissão Europeia anunciou que vai dar um prazo maior para que não só Portugal, mas outros países da região reduzam seu déficit no orçamento. Seriam mais dois anos para a Espanha, França, Polônia e Eslovênia, e um ano a mais para Holanda e Portugal.
Em troca, os países devem investir em medidas para alavancar o mercado de trabalho. A extensão do prazo para cumprir a meta de redução do déficit do orçamento é um alívio importante para países como Portugal.
Significa, na prática, que a chamada política de austeridade não vai precisar avançar ainda mais. Uma das medidas que estavam sendo discutidas agora, por exemplo, era de mais uma redução nas pensões e aposentadorias pagas pelo Estado, inclusive as mais baixas.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, diz que esse tempo extra deve ser usado com sabedoria, e mandou um recado especialmente para a França, que deve urgentemente reformar seu mercado de trabalho e seus gastos públicos para não perder ainda mais competitividade.