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Orçamento italiano corre risco de violar normas da União Europeia

A lei orçamentária da Itália para 2017 corre o risco de violar o pacto de estabilidade da União Europeia, que estabelece limites para a dívida e o déficit públicos e é motivo de tensão constante entre Roma e Bruxelas.   

Segundo a Comissão Europeia (poder Executivo da UE), o projeto pode "resultar em um desvio significativo do ajuste rumo ao objetivo de médio prazo". O mesmo risco foi detectado em outros cinco países: Bélgica, Chipre, Eslovênia, Finlândia e Lituânia.   

A lei orçamentária da Itália prevê para 2017 um déficit de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo do patamar máximo de 3% exigido pela UE, mas o bloco estabeleceu para o país uma meta de 1,8% no ano que vem para iniciar um percurso de queda da elevada divida pública italiana, hoje em 130% do PIB – o limite da União Europeia é de 60%.   

"Para a Itália, á diferença em relação aos compromissos pedidos é maior, mas uma parte significativa do desvio está associada aos custos do terremoto e à gestão dos fluxos migratórios", afirmou o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.   

O primeiro-ministro Matteo Renzi, por sua vez, cobra mais flexibilidade para os gastos com os tremores recentes e o acolhimento a solicitantes de refúgio devido ao seu caráter "excepcional". "Estamos lutando uma batalha na Europa. Temos a bandeira da Europa ao nosso lado, mas ela precisa fazer o seu trabalho, que é promover o crescimento, e não apenas a austeridade. Investir no futuro, não apenas na democracia", disse o premier.   

Para agravar a situação, a Itália ainda patina para sair do atoleiro da crise financeira iniciada em 2008 e convive com elevadas taxas de desemprego, principalmente no sul do país e entre os jovens. (Ansa)

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