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Governo da Itália faz operação para retirar italianos da Líbia

O governo italiano está fazendo uma operação na Líbia para retirar seus cidadãos do país após a piora das condições de segurança. A medida foi tomada depois do avanço do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) no norte líbio.

 

Um navio com os italianos, escoltados pela Marinha Militar e por um jato da Aeronáutica, está indo em direção da Sicília e tem como destino o porto de Siracusa. As atividades em terra estão sendo monitoradas por policiais.

 

Na última sexta-feira (13), o EI anunciou que havia dominado a cidade de Sirte, que fica no Mar Mediterrâneo e a 400 quilômetros da capital Trípoli. Ontem (14), os jihadistas incluíram a Itália, oficialmente, em sua lista de inimigos porque o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, afirmou que era necessária uma ação contra o grupo no país.

 

"A piora da situação na Líbia pede agora um empenho extraordinário e precisamos assumir mais responsabilidades. A Itália está pronta para fazer sua parte na Líbia através da Organização das Nações Unidas", destacou Gentiloni.

 

Já a ministra da Defesa, Roberta Pinotti, disse que não está descartada uma possível intervenção militar italiana no país. "A Itália está pronta para liderar uma coalizão dos países na área, europeus e do norte da África para parar o avanço do Califado – que já está a 350 quilômetros das nossas costas", ressaltou Pinotti ao jornal "Il Messagero".

 

Ela ressaltou que a quantidade de militares e equipamentos que serão enviados ao local vai depender das ações tomadas pela ONU para aquela região.

 

Ex-colônia italiana, a Líbia vive uma crise interna desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em outubro de 2011, no auge da Primavera Árabe. Após a morte do ditador, que estava há 40 anos no poder, diversos grupos terroristas e rebeldes começaram a exigir partes do território levando o país a uma guerra civil.

 

Para agravar ainda mais a situação, há uma crise política: a nação possui dois Parlamentos, um em Tobruk e outro em Trípoli, que também promovem ataques entre si.

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