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Fábio Botto Farhan: Indicado para o cargo de embaixador brasileiro em Roma recebe parecer favorável

A Europa deverá sair fortalecida da atual crise econômica, previu o ministro de primeira classe Ricardo Neiva Tavares, cuja indicação para o cargo de embaixador brasileiro em Roma recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Mensagem presidencial de indicação da ministra de segunda classe Wanja Campos da Nóbrega para embaixadora em Bangladesh também foi aprovada pela CRE.

Ao ser questionado sobre as dificuldades econômicas experimentadas atualmente por diversos países do Velho Continente, o embaixador indicado observou que a crise europeia pode ser considerada uma “soma de várias crises”. Entre elas, a da Grécia, fruto de descontrole de finanças públicas, e a da Espanha, consequência principalmente da especulação imobiliária. Em sua opinião, a Europa não alcançará rapidamente altas taxas de crescimento, mas terá importantes conquistas políticas em decorrência da crise.

– A Europa sairá fortalecida da crise. Tem melhorado seus mecanismos de defesa, como o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, e o Banco Central Europeu tem tido um papel importante na estabilização. Caminha para uma união bancária e uma união fiscal parcial – disse Neiva durante debate com senadores da comissão.

Em sua exposição inicial aos senadores, o embaixador indicado observou que a Itália detém 23% de todas as dívidas da zona do euro e uma taxa de desemprego de 10% da população economicamente ativa. A crise econômica tem gerado muitos protestos e fortalecido a atuação de grupos políticos alternativos, como informou. Há eleições parlamentares previstas para abril de 2013, que poderão levar à aprovação de uma coalizão de centro-esquerda. Mas teme-se, como indicou o embaixador, o retorno da instabilidade da política italiana.

As relações com o Brasil, lembrou Neiva, são “antigas e profundas”. Existem 30 milhões de brasileiros de origem italiana e 80 mil brasileiros vivendo na Itália. Uma das apostas no relacionamento bilateral, segundo adiantou o embaixador, está na área da educação. Seis mil brasileiros deverão estudar na Itália dentro do programa Ciência sem Fronteiras.

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