O Vaticano publicou as novas regras que simplificam o funeral dos pontífices, medida desejada pelo Papa Francisco após a morte de Bento XVI, em 31 de dezembro de 2022.
O documento divulgado pelo Ofício das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice estabelece que os corpos dos papas não serão mais expostos em uma plataforma fora dos caixões, como de hábito, e serão venerados pelos fiéis já dentro do esquife aberto.
Além disso, a constatação da morte não será mais feita no quarto do falecido, e sim em sua capela privada, e o Vaticano não usará mais o tradicional caixão com três camadas de cipreste, chumbo e carvalho, mas apenas um de madeira dentro de um esquife de zinco.
Outra novidade é a introdução de indicações necessárias para o eventual sepultamento de um papa fora da Basílica de São Pedro – em abril passado, Francisco disse que deseja ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, principal templo mariano de Roma.
“O Papa pediu, como ele mesmo falou em diversas ocasiões, a simplificação e adaptação de alguns ritos para que a celebração das exéquias do bispo de Roma expressasse melhor a fé da Igreja na ressurreição de Cristo”, explicou o arcebispo Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.
“Além disso, o rito renovado deve evidenciar ainda mais que o funeral do pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de um homem poderoso deste mundo”, acrescentou.