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Vice-presidente da Comissão Europeia, AntonioTajani destaca a importância da América Latina

O vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, afirmou hoje que é necessário ter "mais interlocutores" no cenário internacional e destacou a importância da América Latina para os mercados europeus.

Em entrevista exclusiva à ANSA, Tajani disse que, "no contexto mundial, se a América Latina cresce, é um fator positivo", pois a crise econômica "impõe" a busca por "soluções que favoreçam a economia real". 

"É importante que, para enfrentar a crise, nossas empresas possam explorar novos mercados", disse Tajani, que chegou ao Brasil com uma comitiva de 30 empresários e industriais europeus, e com o objetivo de assinar acordos em setores estratégicos.

"Além da China, Índia, África e Rússia, um grande mercado que nós devemos explorar é o da América do Sul. E o Brasil é o país que, na América do Sul, cresce mais. É uma grande economia, um país em crescimento, onde é necessário estar presente", ressaltou o vice-presidente, que também ocupa o cargo de comissário europeu para a Indústria e o Empreendedorismo.

De acordo com Tajani, o Brasil é um local "onde nós podemos oferecer a qualidade dos produtos europeus, da moda à grande indústria tecnológica".

"Estamos tentando apresentar tudo que a indústria europeia pode dar ao Brasil", explicou o comissário, que se reuniu em Brasília com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. 

Em São Paulo, Tajani teve reuniões com o governadorGeraldo Alckmin e com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Está previsto para o comissário seguir viagem à Argentina neste sábado (17) e depois ao Uruguai, onde deve substituir o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso na 87ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo do Mercosul.

Tajani afirmou ainda que o objetivo da União Europeia (UE) é fazer com que a crise financeira não se estenda e afete outras nações.

"Não sabemos qual será o desenvolvimento da crise, mas devemos agir para evitar que a crise se desenvolva", disse o vice-presidente, acrescentando, porém, que "o risco é sempre grande".

"Estamos trabalhado, com iniciativas políticas e econômicas, para ajudar nossas indústrias, para que possam ser mais competitivas e explorar novos mercados", destacou.

Ele também comparou a atual situação com a crise de 2008, ressaltando que, "se [essa] não é pior, certamente é igual". "Quando a crise parecia ter terminado, chegou esse ataque à nossa economia", pontuou.

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