O governo italiano declarou que está pronto para assumir um papel de liderança nas possíveis ações que a comunidade internacional pretende tomar para conter o avanço do grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) na Líbia.
Nos últimos dias, Roma tem feito apelos aos organismos internacionais para que adotem medidas conjuntas contra o EI, que está dominando zonas da Líbia, como a cidade de Derna. O tema já está sob análise do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"A reunião do CS sobre a Líbia, além do conteúdo das declarações, é um claro sucesso italiano. Finalmente, o mundo está abrindo os olhos. Agora, precisamos dar um passo adiante", disse o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.
Apesar do Egito pedir uma intervenção militar na Líbia, a Itália, que já colonizou o país no passado, afirma que a solução precisa ser política. Ambos, porém, concordam com a necessidade da ajuda das Nações Unidas. "Seremos os solicitantes de uma ação da ONU", disse o ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, que está em Washington. "A ONU deve ir até o final nesta história e cumprir a parte que lhe cabe, porque a Itália não tem nenhuma intenção de tomar partido sem a ONU. A rápida evolução dos eventos na Líbia justifica a necessidade da mesma velocidade da parte da ONU e dos organismos multilaterais internacionais", ressaltou.
Nesta semana, a imprensa internacional publicou supostos documentos pertencentes ao EI, os quais demonstrariam a intenção do grupo de dominar o sul da Europa através de infiltrações em navios de imigrantes que partem da Líbia e sequestros de cruzeiros.
Como medida de segurança, a Itália ordenou a retirada de cidadãos que vivem na Líbia. Já o Egito, que teve 21 cristãos coptas decapitados pelo EI, iniciou uma série de bombardeios contra os alvos do grupo em território líbio.