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Itália instala 1.200 câmaras contra atos de vandalismo

Um total de 1.200 câmaras estão prontas para gravar qualquer anormalidade e outros 60 "olhos" eletrônicos preparados para vigiar o Coliseu de Roma, um dia depois dos atos de vandalismo que danificaram a Fontana del Moro, situada na barroca piazza Navona da capital italiana.

As medidas para monitorar principalmente todos os monumentos, entre os quais a Fontana de Trevi, foram tomadas pelas autoridades, durante as buscas pelo autor do vandalismo, que foi preso neste último fim de semana. Os policiais o reconheceram mediante as imagens gravadas pelas câmeras de segurança, que o mostram atirando uma pedra contra a Fontana de Trevi e roubando pedaços da estátua da Fontana del Moro. Trata-se de um romano de 52 anos que, apesar de estar sem documentos que comprovassem sua identidade, admitiu os atos de vandalismo.

A Fontana del Moro (Fonte dos Mouros) foi construída em 1574 por ordem do papa Gregório XIII com projetos de Giacomo della Porta. Em 1653 o papa Inocêncio X Pamphili chamou Gianlorenzo Bernini para redesenhá-la.

É incorretamente chamada de Fontana del Moro devido à semelhança das características faciais (com os mouros), mas na verdade se trata de um Triton musculoso conduzido por um golfinho. Esta fonte está em uma das laterais da esplêndida praça Navona, famosa pela sua fonte dedicada aos maiores rios do planeta.

Cerca de 1.200 câmeras, conectadas com a Sala Sistema Roma, apontam para todos os monumentos e praças importantes da capital, para ter mais controle. Os guardas vigiarão e analisarão os movimentos incomuns de turistas que se aproximam dos monumentos.

A restauração da Fontana del Moro começou e deve durar cerca de 15 dias. 

Segundo o superintendente de Bens Culturais, Umberto Broccoli, a depredação atingiu um dos lados das estátuas, uma cópia do século XIX de uma máscara já danificada no passado, e que custará "uma dezena de milhares de euros. Uma despesa que pesará nos bolsos dos contribuintes".

Outro turista foi preso com alguns objetos do Coliseu, que ganhará novas câmeras após a conclusão dos trabalhos de restauração, a partir do próximo outono (boreal), conforme anúncio do subsecretário dos Bens Culturais, Francesco Giro.

Giro informou que "serão instaladas 60 câmeras em cores e de alta definição, conectadas com o Centro de Operações do município de Roma, contra as 20 presentes atualmente dentro do Coliseu". 

Ao comentar o ato de vandalismo, Giro defendeu mais policiais nas ruas e menos nos escritórios.

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