Em uma assembleia de quase nove horas em Rozzano, na província de Milão, os sócios da Telecom Italia, dona da operadora TIM, aprovaram o último balanço anual da companhia e a nomeação de seu novo conselho de administração.
Após problemas técnicos, os resultados de 2016, quando a empresa registrou lucro líquido de 1,8 bilhão de euros, receberam o aval de 97,3% do capital votante presente. Com isso, o CEO da Telecom, Flavio Cattaneo, disse que a companhia pode voltar a pagar dividendos, congelados há quatro anos, “em um tempo razoável, muito antes do que se imagina”.
Na formação do conselho de administração, a lista de 10 candidatos do grupo francês Vivendi, principal acionista individual da empresa italiana, com uma fatia de 23,94%, foi aprovada como maioria com 49,37% dos votos, apenas 0,3 ponto percentual a mais que o obtido pelos cinco postulantes independentes escolhidos por fundos de investimento nacionais e estrangeiros – estes últimos detêm 60,84% da Telecom Italia.
O colegiado de 15 membros terá mandato de três anos.
“O melhor ainda está por vir”, garantiu o vice-presidente do grupo, Arnaud de Puyfontaine, também representante da Vivendi no conselho de administração. Além da Telecom Italia, os franceses são donos de 38,2% do grupo de comunicação Mediaset, controlado por Silvio Berlusconi. Por conta disso, é provável que a Vivendi tenha de reduzir sua participação em uma das duas empresas.
