A Ferrari irá se separar da Fiat Chrysler Automobile (FCA), criada com a fusão da montadora italiana com a norte-americana, segundo um anúncio feito pelo CEO do grupo, Sergio Marchionne.
O CEO disse que a medida se trata de uma operação de spin-off. A separação será efetuada com uma oferta pública de cerca de 10% da participação da FCA na Ferrari. A parte restante da participação da FCA na Ferrari será distribuída entre seus próprios acionistas.
As ações da Ferrari, por sua vez, serão cotadas nos Estados Unidos e "em um outro mercado europeu", disse Marchionne, sem especificar qual. A operação de spin-off deve ser concluída em 2015.
A decisão faz parte de um plano para garantir a estrutura de capital apropriada para sustentar o desenvolvimento, a longo prazo, da FCA, de acordo com Marchionne.
Em setembro, o chefão Luca Cordero di Montezemolo anunciou sua saída da presidência da Ferrari, após negar várias vezes que se afastaria da empresa.
"Estou feliz com esse novo passo, dado rumo à estratégia de desenvolvimento da FCA. A separação da Ferrari preservará a renomada tradição italiana", comentou, por sua vez, o presidente da FCA, John Elkann.
Logo após a notícia da separação, os papeis da FCA registraram alta de 17%, motivados pelo entusiasmo do mercado. O anúncio sobre o spin-off da Ferrari ocorreu durante a apresentação dos resultados do grupo no terceiro trimestre de 2014.
"Demonstram uma sólida performance, em um contexto difícil de mercado, particularmente na América Latina", disse o presidente-executivo da FCA. No Brasil, a venda de automóveis deve encerrar o ano com quedas de 9%, comparado com 2013. "Estamos em linha para alcançar os objetivos impostos para 2014. Com a criação da FCA e sua estria na Bolsa de Valores de Nova York, iniciamos uma nova fase como empresa global, com possibilidades cada vez maiores", ressaltou.